As “pegadas avaliativas” de projetos de educação em ciências envolvendo cooperação: revisão da literatura (2000-2022)
As agendas internacionais para o desenvolvimento têm definido vários objetivos ao longo das últimas duas décadas, incluindo uma “educação de qualidade” e o estabelecimento de parcerias que potencializam o alcance desse objetivo. Apesar da educação científica ser parte integrante de uma educação de...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de Aveiro
2024-12-01
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Series: | Indagatio Didactica |
Subjects: | |
Online Access: | https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/35968 |
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Summary: | As agendas internacionais para o desenvolvimento têm definido vários objetivos ao longo das últimas duas décadas, incluindo uma “educação de qualidade” e o estabelecimento de parcerias que potencializam o alcance desse objetivo. Apesar da educação científica ser parte integrante de uma educação de qualidade, o impacte de projetos nestas áreas permanece pouco estudado; é, pois, indispensável considerar a avaliação enquanto área científica capaz de promover práticas metodológicas com vista à contribuição para a melhoria dos processos e alcance efetivo dos objetivos. Neste trabalho, almejou-se definir a “pegada avaliativa” de projetos de educação em ciências (PEC) que envolvessem processos de cooperação. A identificação da literatura respetiva realizou-se através de uma revisão da literatura por ‘clusterização’ assente em cinco micro clusters: três referentes aos eixos teóricos (avaliação, cooperação e educação em ciências) e dois relativos ao contexto (nível e tipo de ensino). Obteve-se um corpus final de nove artigos. Atendendo ao objetivo da investigação, a identificação da “pegada avaliativa” assenta na análise dos seguintes pontos: (i) objetivos de avaliação de cada PEC, (ii) identificação de um modelo/abordagem de avaliação (incluindo opções metodológicas), assim como (iii) respetivos papéis dos diferentes atores (pessoas/organizações). Partindo desta caracterização enquadra-se os processos de avaliação dos PEC implicados em três paradigmas (positivista, construtivista e socioconstrutivista). O panorama que emerge, além de uma escassez de estudos na interseção das áreas de interesse, é o de identificação de “pegadas” (por estudo e ponto de análise) com predominância numa perspetiva positivista. É ainda evidente a carência de sustento teórico. Estes resultados sugerem uma “não rentabilização” da avaliação enquanto área científica relevante, comprometendo o processo de alcance dos objetivos dos projetos.
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ISSN: | 1647-3582 |