Intervenção em competências fonológicas para alunos com perda auditiva: uma revisão sistemática

As competências de consciência fonológica devem ser desenvolvidas o mais precocemente possível, na medida em que, a partir destas, desenvolve-se a capacidade de decodificação de sons e letras, possibilitando um posterior acesso ao princípio alfabético. No entanto, no caso de crianças com perda audi...

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Main Authors: João Paulo Santos, Anabela Cruz Santos, Pascale Engel de Abreu
Format: Article
Language:English
Published: Asociación Nacional de Psicología Evolutiva y Educativa de la Infancia Adolescencia Mayores y Discapacidad 2024-12-01
Series:INFAD
Subjects:
Online Access:https://revista.infad.eu/index.php/IJODAEP/article/view/2745
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Description
Summary:As competências de consciência fonológica devem ser desenvolvidas o mais precocemente possível, na medida em que, a partir destas, desenvolve-se a capacidade de decodificação de sons e letras, possibilitando um posterior acesso ao princípio alfabético. No entanto, no caso de crianças com perda auditiva, verifica-se uma escassez de estudos que permitam aferir a eficácia de práticas baseadas em evidências, na melhoria do processamento fonológico destas crianças. Assim, foi realizada uma revisão sistemática da literatura tendo em conta os estudos de intervenções que tenham como foco o desenvolvimento de competências fonológicas em crianças com perda auditiva. Os procedimentos de síntese e relato da pesquisa adotados seguiram as diretrizes do PRISMA. Esta revisão incorpora treze estudos publicados em revistas especializadas nas últimas duas décadas, envolvendo um total de 268 crianças com perda auditiva, com idades compreendidas entre os 57 meses e os 15 anos, de nove nacionalidades, sendo Israel e Estados Unidos os países mais representativos. Em termos de duração, as intervenções variaram entre as seis e as trinta e seis semanas, com uma frequência que variou entre as duas e as quatro sessões semanais, perfazendo, em média, 30 horas de intervenção. No que concerne ao uso de meios auxiliares de audição, a maioria das crianças usava dispositivos de amplificação tradicionais. As intervenções revisadas no presente estudo reportaram, sem exceção, melhorias significativas nas competências fonológicas das crianças com surdez que nelas participaram, ao nível do fonema, da sílaba e da rima, o que reforça a premência de uma abordagem destas competências tão precocemente quanto possível, de modo a assegurar o acesso à língua, nas suas vertentes oral e escrita, tendo em conta a educação bilingue. As limitações enfrentadas por alguns estudos durante suas intervenções devem ser vistas como uma melhoria para pesquisas futuras. 
ISSN:0214-9877
2603-5987