Macau pós-colonial: esperança e desespero em um Centro Mundial de Turismo e Lazer
A expansão das concessões de cassinos, como o subsequente crescimento do emprego e do produto interno bruto (PIB) per capita em Macau após a sua transferência de Portugal em 1999 criou uma ilusão de prosperidade em um território pós-colonial de menos de 30 km2. Região administrativa especial (SAR1)...
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Format: | Article |
Language: | deu |
Published: |
Association Via@
2020-03-01
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Series: | Via@ |
Subjects: | |
Online Access: | https://journals.openedition.org/viatourism/4542 |
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Summary: | A expansão das concessões de cassinos, como o subsequente crescimento do emprego e do produto interno bruto (PIB) per capita em Macau após a sua transferência de Portugal em 1999 criou uma ilusão de prosperidade em um território pós-colonial de menos de 30 km2. Região administrativa especial (SAR1) da República Popular da China (PRC2), Macau é o único território chinês onde se joga legalmente em cassinos. Utilizando de entrevistas com residentes locais, este artigo argumenta que a categoria imaginada de "Centro Mundial de Turismo e Lazer", cunhada pelas autoridades locais, mascara uma economia oculta ilícita. O artigo argumenta que o rápido e milagroso crescimento do PIB per capita, emprego e superávit orçamentário é fruto do olhar de uma nova elite pós-colonial voltada para o passado colonial. Argumenta-se que embora o “Centro Mundial de Turismo e Lazer” seja um constructo político e um projeto hegemônico essencial para manter os cidadãos em um mundo hiper-real de simulacros e controle, isso se faz através de boatos cotidianos, avisos, autocensura e desmoralização. |
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ISSN: | 2259-924X |