Desafios da interprofissionalidade no Programa de Aperfeiçoamento Multiprofissional de Preceptores da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde

Introdução: O Programa de Aperfeiçoamento Multiprofissional de Preceptores da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), lançado em 2022, visa fortalecer a formação de preceptores multiprofissionais e promover práticas colaborativas fundamentadas nos princípios do Sistema Único de Saú...

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Main Authors: Márcio Flávio Moura de Araújo, Diego Diz Ferreira, Marina Marina Bastos Paim, Maria Fernanda Vásquez Valencia, Michelle Juliana Pereira da Silva, Alysson Feliciano Lemos, Kellen Cristina da Silva Gasque
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2025-02-01
Series:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Subjects:
Online Access:https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4463
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Description
Summary:Introdução: O Programa de Aperfeiçoamento Multiprofissional de Preceptores da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), lançado em 2022, visa fortalecer a formação de preceptores multiprofissionais e promover práticas colaborativas fundamentadas nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo analisou os desafios da interprofissionalidade na primeira edição do programa. Objetivo: Avaliar os desafios da interprofissionalidade no Programa de Aperfeiçoamento Multiprofissional de Preceptores da UNA-SUS, com foco na análise da estrutura curricular e das estratégias pedagógicas adotadas. Métodos: Estudo de avaliação realizado entre 2022 e 2023, utilizando abordagem mista. A amostra incluiu preceptores que concluíram os 22 cursos do programa, com participação de 16.617 pessoas na fase quantitativa e 392 na fase qualitativa. Os dados foram coletados por meio de enquetes, questionários eletrônicos, grupos focais e análise documental. A análise quantitativa utilizou o software gratuito Jamovi versão 1.6, enquanto os dados qualitativos foram analisados com o Atlas.ti versão 23. Resultados: A análise revelou predomínio de profissionais do sexo feminino (81,2%) e que a maioria dos cursistas (40%) trabalhava em serviços hospitalares. A estrutura curricular foi considerada adequada para o alcance dos objetivos de aprendizagem, mas apresentou limitações na aplicação prática dos conteúdos em cenários fora da atenção primária. A centralidade do profissional médico nos cursos foi uma fragilidade identificada, o que contraria os princípios da interprofissionalidade. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de revisão do programa para promover uma abordagem interprofissional mais robusta. Recomenda-se a revisão curricular para diversificar os cenários de prática e equalizar a representação das diferentes categorias profissionais, bem como a adaptação das estratégias pedagógicas para incluir uma variedade mais ampla de personagens e contextos profissionais.
ISSN:1809-5909
2179-7994