A aprovação de cotas na Universidade de São Paulo em 2017: o ponto de vista de articuladores pró-cotas na USP
A implementação das cotas étnico-raciais na Universidade de São Paulo (USP) que reservou vagas em proporção semelhante à Lei de Cotas foi precedida por uma resistência institucional prolongada. Este estudo investiga os motivos que levaram a essa adesão tardia da USP, enfocando os principais articul...
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| Format: | Article |
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| Published: |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
2024-03-01
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| Series: | Estudos de Sociologia |
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| Online Access: | https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revsocio/article/view/261410 |
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| author | Tales Mançano Henrique Assi Hernandes Lucas de Paula Fonseca Moises Souza de Sena |
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A implementação das cotas étnico-raciais na Universidade de São Paulo (USP) que reservou vagas em proporção semelhante à Lei de Cotas foi precedida por uma resistência institucional prolongada. Este estudo investiga os motivos que levaram a essa adesão tardia da USP, enfocando os principais articuladores pró-cotas. Entrevistas foram conduzidas com Representantes Discentes, do Movimento Negro, do Movimento Estudantil e docentes envolvidos na aprovação das cotas. Foram examinadas o histórico das políticas de ação afirmativa na USP e a reunião do Conselho Universitário de 4/07/2017, em que as cotas foram aprovadas. Os resultados indicam que os movimentos pró-cotas adotaram a estratégia de constranger a universidade, evidenciando seu atraso em relação às ações afirmativas, e que aprovação das cotas não foi impulsionada por uma convicção da administração uspiana na importância da diversidade étnico-racial e socioeconômica dos ingressantes, conforme discurso institucional, mas sim por conta de pressões externas e internas, que geraram a necessidade de proteger a reputação da instituição.
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| institution | Kabale University |
| issn | 1415-000X 2317-5427 |
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| publishDate | 2024-03-01 |
| publisher | Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
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| series | Estudos de Sociologia |
| spelling | doaj-art-e04e48a023694861a4032a365c22e47d2025-02-10T18:59:41ZgujUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE)Estudos de Sociologia1415-000X2317-54272024-03-0122910.51359/2317-5427.2023.261410A aprovação de cotas na Universidade de São Paulo em 2017: o ponto de vista de articuladores pró-cotas na USPTales Mançano0https://orcid.org/0000-0001-5923-9743Henrique Assi Hernandes1https://orcid.org/0000-0002-2309-2003Lucas de Paula Fonseca2https://orcid.org/0000-0001-7668-1779Moises Souza de Sena3https://orcid.org/0000-0002-7035-3210Universidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulo A implementação das cotas étnico-raciais na Universidade de São Paulo (USP) que reservou vagas em proporção semelhante à Lei de Cotas foi precedida por uma resistência institucional prolongada. Este estudo investiga os motivos que levaram a essa adesão tardia da USP, enfocando os principais articuladores pró-cotas. Entrevistas foram conduzidas com Representantes Discentes, do Movimento Negro, do Movimento Estudantil e docentes envolvidos na aprovação das cotas. Foram examinadas o histórico das políticas de ação afirmativa na USP e a reunião do Conselho Universitário de 4/07/2017, em que as cotas foram aprovadas. Os resultados indicam que os movimentos pró-cotas adotaram a estratégia de constranger a universidade, evidenciando seu atraso em relação às ações afirmativas, e que aprovação das cotas não foi impulsionada por uma convicção da administração uspiana na importância da diversidade étnico-racial e socioeconômica dos ingressantes, conforme discurso institucional, mas sim por conta de pressões externas e internas, que geraram a necessidade de proteger a reputação da instituição. https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revsocio/article/view/261410Cotas Étnico-RaciaisUniversidade PúblicaAção AfirmativaPolíticas Públicas |
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