Ouvindo temporalidades queer

O conceito de temporalidade queer é explorado nos estudos queer como uma possibilidade de lidar com o tempo de outras formas que não o cronológico e progressivo, ancorado em uma ideia heteronormativa de progresso pessoal, abrangendo o matrimônio, a reprodução e transferência de patrimônio. A partir...

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Bibliographic Details
Main Author: Breno Alvarenga
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual 2024-12-01
Series:Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
Subjects:
Online Access:https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/1057
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Description
Summary:O conceito de temporalidade queer é explorado nos estudos queer como uma possibilidade de lidar com o tempo de outras formas que não o cronológico e progressivo, ancorado em uma ideia heteronormativa de progresso pessoal, abrangendo o matrimônio, a reprodução e transferência de patrimônio. A partir disso, este artigo investiga como alguns filmes autobiográficos convidam o espectador a vislumbrar formas de vivenciar essas temporalidades queer, onde passado, presente e futuro podem coincidir. Especificamente, analisamos o uso da disjunção audiovisual como uma técnica cinematográfica que manifesta o sentimento de assincronicidade e de estar “fora do ritmo”. Nesse sentido, propomos uma leitura paralela de dois filmes autobiográficos dirigidos por cineastas gays: Blue (1993), de Derek Jarman, e The Terence Davies trilogy (1983), de Terence Davies. Assim, este artigo tem como objetivo elucidar o uso da trilha sonora como um elemento que possibilita ao espectador perceber momentaneamente as temporalidades queer, a partir de uma experiência auditiva.
ISSN:2316-9230