O discurso transfóbico em púlpito legislativo = Transphobic discourse in legislative podium = El discurso transfóbico en púlpito legislativo
Neste trabalho, a partir da perspectiva da Análise Dialógica do Discurso (ADD), (BAKHTIN, 1998; VOLÓCHINOV, 2018; MEDVIÉDEV, 2019; BRAIT, 2008; ROHLING, 2020; ACOSTA-PEREIRA; RODRIGUES, 2015, ACOSTA PEREIRA; BRAIT, 2020; SANTOS-CLERISI, 2020; HUFF, 2021), analisamos um discurso político transfóbico,...
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| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | Spanish |
| Published: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
2022-01-01
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| Series: | Letras de Hoje |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/view/43528/27835 |
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| Summary: | Neste trabalho, a partir da perspectiva da Análise Dialógica do Discurso (ADD), (BAKHTIN, 1998; VOLÓCHINOV, 2018; MEDVIÉDEV, 2019; BRAIT, 2008; ROHLING, 2020; ACOSTA-PEREIRA; RODRIGUES, 2015, ACOSTA PEREIRA; BRAIT, 2020; SANTOS-CLERISI, 2020; HUFF, 2021), analisamos um discurso político transfóbico, proferido no púlpito da assembleia legislativa do estado de São Paulo, pelo deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), na ocasião em que se debatia projeto de lei que vetava a participação dos(as) trans em times esportivos. Para tanto, situamos a inserção da ADD no campo da Linguística Aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) e transgressiva (PENNYCOOK, 2006), e desse lugar evocamos o apoio das vozes de estudiosos que amparam a compreensão do fenômeno da violência de gênero e sua manifestação direcionada aos(às) pessoas trans(BEAUVOIR, 1980; SCOTT, 1995; SAFIOTTI, 2004; BUTLER, 2002; LOURO, 1995; MISKOLCI; PELÚCIO, 2007; JUNQUEIRA, 2014, 2018). Os resultados demonstram que o discurso transfóbico se constrói em púlpito de assembleia, de forma tensa, pela mobilização de relações dialógicas e axiologias agenciadas com base em pautas regressivas, vinculadas às refrações pejorativas do signo “ideologia de gênero”, cujos desdobramentos vários desfecham em: discursos de negação de direitos, de negação à ocupação de espaços públicos e de negação da própria existência das(os) trans na sociedade, discursos biologizantes positivistas de embate às identidades dissidentes em relação à cis-heteronormatividade, discursos machistas de proteção e tutela à mulher e à família, discursos pejorativos e preconceituosos sobre as inteligibilidades dos corpos trans, discursos de ódio e incitativos de violência contra os(as) trans, discursos de descredenciamento e silenciamento das pessoas trans que ocupam cargos públicos
Tais discursos se concretizam sob entonações diversas e eloquentes de certeza, desprezo, deboche, ódio, indignação, irritação e outras |
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| ISSN: | 0101-3335 1984-7726 |