Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893)

Na segunda metade de Oitocentos, Portugal reuniu as condições políticas e económicas para empreender a construção de caminhos-de-ferro, tal como vinham fazendo outros países. O objectivo era ligar Lisboa à Europa, integrando a economia nacional no grande movimento comercial que então se verificava....

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Bibliographic Details
Main Author: Hugo Silveira Pereira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Coimbra University Press 2011-11-01
Series:Revista de História da Sociedade e da Cultura
Subjects:
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/rhsc/article/view/15156
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Description
Summary:Na segunda metade de Oitocentos, Portugal reuniu as condições políticas e económicas para empreender a construção de caminhos-de-ferro, tal como vinham fazendo outros países. O objectivo era ligar Lisboa à Europa, integrando a economia nacional no grande movimento comercial que então se verificava. Simultaneamente, esperava-se o desenvolvimento das zonas nacionais então atravessadas pelas ferrovias. A passagem pela Beira parecia incontornável dada a posição geográfica de Portugal, mas os comboios só muito tardiamente circulariam nesta província. O texto que se segue (que deriva de um projecto de doutoramento actualmente em curso sobre a política ferroviária nacional entre 1845 e 1900) pretende explicitar como se escalonou a construção de vias-férreas na Beira, desde a feitura de estudos, até à execução das obras. Nesse sentido, analisaram-se relatórios publicados no Boletim do Ministério das Obras Públicas (BMOP) e na Revista de Obras Públicas e Minas (ROPM) ou redigidos pelo Conselho Superior (CSOP) e a sua herdeira Junta Consultiva (JCOP), à guarda do Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas (AHMOP); os debates parlamentares; e, uma vez que a ligação a Espanha era incontornável, relatórios de engenheiros espanhóis, alguns registos do Arquivo Histórico-Diplomático (ARD) e as opiniões das instâncias militares.
ISSN:1645-2259
2183-8615