Insônia e depressão: confluências neurobiológicas e tratamento

Introdução:  A relação bidirecional entre sono e depressão é amplamente conhecida e descrita na literatura, bem como observada na prática clínica. A insônia, além de fazer parte dos critérios diagnósticos da depressão, se apresenta como um fator de risco para episódio depressivo, prediz menor respo...

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Main Authors: Márcio Andrei Zanini, Camilla Moreira de Sousa Pinna, Rafael Brandes Lourenço, Flavia Zuccolotto dos Reis, Daniel Guilherme Suzuki Borges, Glícia Prates Santana, Regina Margis, Almir Ribeiro Tavares Júnior
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 2025-01-01
Series:Debates em Psiquiatria
Subjects:
Online Access:https://revistardp.org.br/revista/article/view/1332
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description Introdução:  A relação bidirecional entre sono e depressão é amplamente conhecida e descrita na literatura, bem como observada na prática clínica. A insônia, além de fazer parte dos critérios diagnósticos da depressão, se apresenta como um fator de risco para episódio depressivo, prediz menor resposta ao tratamento, aumento do risco de recidivas e associa-se a uma maior gravidade do quadro em pacientes com transtorno depressivo. Para um tratamento adequado se faz fundamental o entendimento dessas entidades e os aspectos envolvidos neste cenário.  Método: Trata-se de uma revisão narrativa acerca da relação entre insônia e depressão, englobando fatores neuroquímicos, moleculares, cronobiológicos e epidemiológicos, articulando-se com a terapêutica disponível atualmente. Resultados:  Insônia e depressão compartilham anomalias em alguns sistemas neurotransmissores e vias cerebrais. A hiperatividade do sistema ativador reticular ascendente (SARA) é comum a ambas as condições. Alterações no ritmo circadiano e em parâmetros polissonográficos também são encontradas em indivíduos com quadro depressivo. Ainda, estudos epidemiológicos demonstram que a depressão é um importante preditor de insônia de forma recíproca. Conclusões: Com base nas diversas confluências fisiológicas, moleculares, genéticas e psicológicas, insônia e depressão se influenciam mutuamente. O uso das ferramentas farmacológicas e não farmacológicas com foco no manejo eficaz destas duas condições se faz mandatório para redução da gravidade e cronificação global do quadro, objetivando legítimo êxito no tratamento.
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institution Kabale University
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publishDate 2025-01-01
publisher Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
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spelling doaj-art-895ee618753c4345b0c5a6c9db90fccf2025-01-17T14:08:43ZengAssociação Brasileira de Psiquiatria (ABP)Debates em Psiquiatria2236-918X2763-90372025-01-011510.25118/2763-9037.2025.v15.1332Insônia e depressão: confluências neurobiológicas e tratamentoMárcio Andrei Zanini0Camilla Moreira de Sousa Pinna1Rafael Brandes Lourenço2Flavia Zuccolotto dos Reis3Daniel Guilherme Suzuki Borges4Glícia Prates Santana5Regina Margis6Almir Ribeiro Tavares Júnior7Preceptor da Residência Médica em Psiquiatria, IAMSPE; Hospital do Servidor Público Estadual, São Paulo, SP, BrasilPreceptora da Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, BrasilDoutorando em Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Campinas, SP, BrasilPsiquiatra com certificação em Medicina do Sono pela AMB-CFM, São Paulo, SP, BrasilMédico Assistente ASONO – IPq, Hospital das Clínicas, HC, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP, São Paulo, SP, BrasilPsiquiatra com certificação em Medicina do Sono pela AMB-CFM, Vitória da Conquista, BA, BrasilPsiquiatra com certificação em Medicina do Sono pela AMB-CFM, São Paulo, SP, BrasilProfessor de Neurociências e Psiquiatria, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil Introdução:  A relação bidirecional entre sono e depressão é amplamente conhecida e descrita na literatura, bem como observada na prática clínica. A insônia, além de fazer parte dos critérios diagnósticos da depressão, se apresenta como um fator de risco para episódio depressivo, prediz menor resposta ao tratamento, aumento do risco de recidivas e associa-se a uma maior gravidade do quadro em pacientes com transtorno depressivo. Para um tratamento adequado se faz fundamental o entendimento dessas entidades e os aspectos envolvidos neste cenário.  Método: Trata-se de uma revisão narrativa acerca da relação entre insônia e depressão, englobando fatores neuroquímicos, moleculares, cronobiológicos e epidemiológicos, articulando-se com a terapêutica disponível atualmente. Resultados:  Insônia e depressão compartilham anomalias em alguns sistemas neurotransmissores e vias cerebrais. A hiperatividade do sistema ativador reticular ascendente (SARA) é comum a ambas as condições. Alterações no ritmo circadiano e em parâmetros polissonográficos também são encontradas em indivíduos com quadro depressivo. Ainda, estudos epidemiológicos demonstram que a depressão é um importante preditor de insônia de forma recíproca. Conclusões: Com base nas diversas confluências fisiológicas, moleculares, genéticas e psicológicas, insônia e depressão se influenciam mutuamente. O uso das ferramentas farmacológicas e não farmacológicas com foco no manejo eficaz destas duas condições se faz mandatório para redução da gravidade e cronificação global do quadro, objetivando legítimo êxito no tratamento. https://revistardp.org.br/revista/article/view/1332Transtorno depressivotranstorno do sonoInsôniadistúrbios do início e da manutenção do sono
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