Mujeres que “están andando”: translocalización y movilidad aymara en el norte de Chile (Región de Arica y Parinacota)

o texto tem como objetivo analisar, a partir de uma perspectiva crítica de gênero, a mobilidade das mulheres aimarás articuladas em redes familiares translocais e intergeracionais que realizam atividades de pecuária na comunidade de Cobija (Região de Arica e Parinacota). Para isso, a metáfora local...

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Bibliographic Details
Main Author: Catalina Mansilla-Aguilera
Format: Article
Language:English
Published: Universidad de los Andes (Bogotá) 2025-01-01
Series:Antípoda: Revista de Antropología y Arqueología
Subjects:
Online Access:https://revistas.uniandes.edu.co/index.php/antipoda/article/view/9699/10486
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Description
Summary:o texto tem como objetivo analisar, a partir de uma perspectiva crítica de gênero, a mobilidade das mulheres aimarás articuladas em redes familiares translocais e intergeracionais que realizam atividades de pecuária na comunidade de Cobija (Região de Arica e Parinacota). Para isso, a metáfora local “estar andando” é usada como expressão com a qual as próprias mulheres conceituam sua mobilidade no presente. Os resultados correspondem a um estudo de caso qualitativo elaborado por meio de uma etnografia multissituada de 12 meses (2022-2023) com a comunidade de Cobija, que considerou uma perspectiva feminista e usou principalmente as técnicas de observação participante, conversas informais e entrevistas semiestruturadas. Conclui-se que, por meio dessa expressão, elas pensam a mobilidade como um “ritmo de mulher”, ou seja, uma prática que pressupõe um fluxo em que os movimentos não são entendidos como marcos isolados, mas como parte de um modo de vida em movimento, que para elas está conectado a uma memória de outras mobilidades praticadas por gerações anteriores. Além disso, o artigo mostra que essas mulheres indígenas são participantes ativas da mobilidade translocal, inclusive as da primeira geração, e que existem alguns fatores sociais que dificultam sua participação na translocalização. Esses resultados são uma contribuição para os estudos sobre mulheres indígenas e para a pesquisa sobre as mobilidades aimarás no norte do Chile e oferecem novos dados que matizam a perspectiva antropológica com a qual a translocalização aimará tem sido analisada e que tem sido menos representada no caso das mulheres aimarás chilenas.
ISSN:1900-5407
2011-4273