O Antifeminismo e o questionar do género no limiar dos séculos XIX-XX. Dos argumentos teóricos e epistemológicos à prática social

Os paradigmas e as representações social e moralmente convencionadas para as mulheres distanciam-se dos seus verdadeiros comportamentos e atributos tidos como transgressores da norma, dando origem a ideias, a [pre]conceitos e a imagens nem sempre favoráveis sobre ser feminino, do mesmo modo que col...

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Bibliographic Details
Main Author: Gabriela Mota Marques
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Coimbra University Press 2014-11-01
Series:Revista de História da Sociedade e da Cultura
Subjects:
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/rhsc/article/view/14984
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Description
Summary:Os paradigmas e as representações social e moralmente convencionadas para as mulheres distanciam-se dos seus verdadeiros comportamentos e atributos tidos como transgressores da norma, dando origem a ideias, a [pre]conceitos e a imagens nem sempre favoráveis sobre ser feminino, do mesmo modo que colocam em causa os papéis de género. É esse o território propício para o antifeminismo associado à oposição ao feminismo e às intenções de emancipação e de reivindicação de direitos, mas também às interpretações, aos estereótipos e às tradições enraizadas sobre a natureza imperfeita e a inferioridade femininas. Os receios e as desconfianças face à atuação da mulher, ao seu pretenso poder e a uma possível inversão sexual de funções ou o próprio desconhecimento sobre o universo feminino estão presentes no modo de pensar e de atuar da sociedade. De igual forma traduzem os diferentes níveis e a expressividade que o antifeminismo assume e que são reflexo da influência da igreja, da ciência e de ideologias na preservação dos poderes e valores instituídos, bem como na definição das funções e dos lugares sociais do género.
ISSN:1645-2259
2183-8615