O local, o global ou algum lugar no meio?

Os festivais são muitas vezes ligados a localidades específicas e às associações culturais que tais localidades possuem no imaginário público. Aspectos desses imaginários são observáveis através das diversas formas de cultura expressiva que os festivais celebram e da maneira como tais conteúdos são...

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Main Author: Peter J. Verdin
Format: Article
Language:deu
Published: Association Via@ 2023-07-01
Series:Via@
Subjects:
Online Access:https://journals.openedition.org/viatourism/9614
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description Os festivais são muitas vezes ligados a localidades específicas e às associações culturais que tais localidades possuem no imaginário público. Aspectos desses imaginários são observáveis através das diversas formas de cultura expressiva que os festivais celebram e da maneira como tais conteúdos são (re)apresentados, promovidos e consumidos nesses eventos. Esta pesquisa examina a maneira como as ideias de localidade e globalidade são negociadas, reinventadas e reimaginadas no Africa Festival, em Würzburg, um festival anual que celebra a música e a cultura africana na região da Baixa Francônia, na Alemanha. Partindo da ideia de que eventos como o Africa Festival são “festivais culturais construídos”, esta pesquisa analisa a maneira como essas reinvenções e reimaginações refletem noções implícitas de autoridade, autenticidade, poder e alteridade que foram moldadas pela globalização e pelo legado da colonização. Esses conjuntos são utilizados na criação de uma forma particular de patrimônio, que situa o Africa Festival como um espaço específico, situado para o consumo cultural, ao mesmo tempo em que ligam o festival a uma comunidade global imaginada, mais ampla. Em última análise, esta pesquisa questiona se a curadoria de culturas exotizadas em tais eventos construídos cria espaços produtivos para o intercâmbio intercultural e defende que as epistemologias apresentadas em tais eventos sejam cocriadas com as culturas e comunidades representadas.
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