“Vale mais a versão do que o fato?”
A relativização e a negação do período ditatorial brasileiro têm se tornado cada vez mais presentes na sociedade, mesmo diante das comprovações científicas históricas. Esses discursos são atraentes não por preencherem lacunas históricas, mas por se alinharem a objetivos políticos ideológicos claros...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
2025-01-01
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Series: | Fronteiras |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14724 |
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Summary: | A relativização e a negação do período ditatorial brasileiro têm se tornado cada vez mais presentes na sociedade, mesmo diante das comprovações científicas históricas. Esses discursos são atraentes não por preencherem lacunas históricas, mas por se alinharem a objetivos políticos ideológicos claros. Este estudo visa detectar manifestações de negacionismo no texto “Apresentação” dos XV tomos da coleção 1964 - 31 de março: o movimento revolucionário e sua história, publicada pela BibliEx entre 2003 e 2004. Com 257 entrevistas de militares e civis envolvidos no governo militar, a coletânea apresenta uma narrativa alinhada às Forças Armadas. O estudo utiliza a Análise de Discurso Crítica (ADC) de Norman Fairclough (2016), para investigar como esses discursos se relacionam com contextos sociais, políticos e ideológicos, revelando estratégias discursivas que promovem o negacionismo. Observa-se que, apesar da expansão dos estudos críticos sobre o período, a narrativa negacionista persiste, reatualizando a forma e o maniqueísmo constituídos desde o período ditatorial.
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ISSN: | 1415-8701 2238-9717 |