Predição da Propensão à Cardiopatia Atrial e Fibrilação Atrial Paroxística em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral Embólico de Origem Indeterminada (ESUS)

Resumo Fundamento Ainda há uma população significativa de pacientes com acidente vascular cerebral embólico de origem indeterminada (ESUS) cuja causa específica atribuível ao acidente vascular cerebral permanece desconhecida. Objetivos Nossa pesquisa teve como objetivo avaliar parâmetros clínico...

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Main Authors: Ahmed Kishk, Mohamed E. Abdeldayem, Mohamed A. Khalil, Mohammed Elbarbary
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2025-01-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2025000100304&lng=pt&tlng=pt
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description Resumo Fundamento Ainda há uma população significativa de pacientes com acidente vascular cerebral embólico de origem indeterminada (ESUS) cuja causa específica atribuível ao acidente vascular cerebral permanece desconhecida. Objetivos Nossa pesquisa teve como objetivo avaliar parâmetros clínicos, eletrocardiográficos, laboratoriais e ecocardiográficos que podem predizer a propensão à fibrilação atrial paroxística (FAP). Métodos Inscrevemos setenta e cinco pacientes ESUS que estavam em ritmo sinusal no momento do diagnóstico de acidente vascular cerebral para serem submetidos a monitoramento Holter de 7 dias no hospital, teste para Pro-BNP e um exame ecocardiográfico padrão. Para análise estatística, um valor de P < 0,05 foi considerado significativo. Resultados A idade média dos 75 pacientes ESUS foi de 58 anos. 60% dos pacientes eram do sexo masculino, e a condição concomitante mais prevalente foi hipertensão (53,3%). Quarenta pacientes tinham cardiopatia atrial, e 15 pacientes tiveram episódios de FAP. Hipertensão e E/e- > 12 foram preditores independentes de cardiopatia atrial, com valores de p de 0,001 e 0,02, respectivamente. Em pacientes com cardiopatia atrial, foi realizada análise de regressão multivariável; velocidade de força terminal da onda P na derivação V (PTFV) > 5000 mV.ms, índice de volume do átrio esquerdo > 34 ml/m2 e fração de ejeção < 45% foram preditores independentes significativos de FA com valores de p significativos de 0,001, < 0,001 e 0,001, respectivamente. Conclusões Em pacientes ESUS, a cardiopatia atrial foi prevalente. Hipertensão e uma razão E/e- maior que 12 foram preditores independentes para ela. A análise de regressão multivariável identificou PTFV1 > 5000 mV.ms, índice de volume de AE > 34 ml/m2 e fração de ejeção < 45% como preditores independentes para fibrilação atrial de início recente.
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