Entre vestígios e zonas de opacidade

Partindo da análise do documentário 108: Cuchillo de Palo (Costa, 2010), discute-se como a realizadora busca, a partir da ausência e recorrendo a testemunhos, documentos e reminiscências, apreender algo da existência fugaz de seu tio Rodolfo, homossexual preso durante a ditadura paraguaia. Destacam...

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Main Authors: Fabio Allan Mendes Ramalho, Maria Clara Rodrigues Arbex
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 2025-06-01
Series:Revista Eco-Pós
Subjects:
Online Access:https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28151
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Description
Summary:Partindo da análise do documentário 108: Cuchillo de Palo (Costa, 2010), discute-se como a realizadora busca, a partir da ausência e recorrendo a testemunhos, documentos e reminiscências, apreender algo da existência fugaz de seu tio Rodolfo, homossexual preso durante a ditadura paraguaia. Destacamos a relevância que adquirem, nesse contexto, as situações de interlocução e confronto entre Costa e seu pai, discurso que condensa as dinâmicas de ordem familiar pautada pelo contexto repressivo que marca a vida política e cultural do país. Considerando as potencialidades políticas e estéticas produzidas pelo estatuto do vestígio e das lacunas como componentes de uma poética do documentário, busca-se elaborar uma leitura a partir das marcas que o longa-metragem apresenta. Analisamos como as estratégias empregadas respondem às circunstâncias específicas pela constituição do discurso fílmico.
ISSN:2175-8689