IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade
Este artigo aborda a questão da soberania digital não somente como questão política e econômica, mas no âmbito do sujeito e da subjetividade ou da relação humano-máquina. Focalizaremos dois domínios em que a questão da soberania do sujeito se coloca de forma mais explícita: os sistemas de IA voltado...
Saved in:
Main Authors: | , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJ
2024-12-01
|
Series: | Liinc em Revista |
Subjects: | |
Online Access: | https://revista.ibict.br/liinc/article/view/7311 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
_version_ | 1832540520420737024 |
---|---|
author | Fernanda Bruno Paulo Faltay Alice Lerner Helena Strecker |
author_facet | Fernanda Bruno Paulo Faltay Alice Lerner Helena Strecker |
author_sort | Fernanda Bruno |
collection | DOAJ |
description | Este artigo aborda a questão da soberania digital não somente como questão política e econômica, mas no âmbito do sujeito e da subjetividade ou da relação humano-máquina. Focalizaremos dois domínios em que a questão da soberania do sujeito se coloca de forma mais explícita: os sistemas de IA voltados para a inferência automatizada de características emocionais e psicológicas e a incorporação de padrões obscuros de design herdados da economia comportamental na construção das plataformas. Nos dois casos, analisaremos as implicações para a questão da soberania do sujeito e para o debate sobre regulação da IA a partir da pergunta disparadora: que modalidade de soberania do sujeito poderia ser proposta em plataformas de IA? Discutimos como na tentativa de impor barreiras à manipulação ou à influência insidiosa sobre indivíduos e populações, os marcos regulatórios correm o risco de reivindicar, de um lado, um sujeito plenamente autônomo e livre de influências ou, de outro, um sujeito definitivamente vulnerável que precisa ser protegido. Apontamos como nenhum desses extremos se sustenta quando se trata de compreender como as subjetividades, os processos psicológicos e emocionais são interpelados em plataformas de IA. Concluímos, por fim, que nos ambientes digitais, plataformas e aplicações de IA visados nesse artigo, a soberania do sujeito ou da subjetividade não pode ser assegurada de modo definitivo no plano individual nem no plano jurídico. Ela é, antes, um problema sociotécnico e tecnopolítico coletivo a ser continuamente trabalhado e revisado. |
format | Article |
id | doaj-art-3a417867ead14d81ba744d1c5d3461ed |
institution | Kabale University |
issn | 1808-3536 |
language | English |
publishDate | 2024-12-01 |
publisher | Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJ |
record_format | Article |
series | Liinc em Revista |
spelling | doaj-art-3a417867ead14d81ba744d1c5d3461ed2025-02-04T20:06:03ZengPrograma de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJLiinc em Revista1808-35362024-12-0120210.18617/liinc.v20i2.73119754IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividadeFernanda Bruno0https://orcid.org/0000-0002-5950-7602Paulo Faltay1https://orcid.org/0000-0002-2467-1357Alice Lerner2https://orcid.org/0009-0004-7656-5179Helena Strecker3https://orcid.org/0000-0002-8487-0091UFRJUFPEUFRJUFRJEste artigo aborda a questão da soberania digital não somente como questão política e econômica, mas no âmbito do sujeito e da subjetividade ou da relação humano-máquina. Focalizaremos dois domínios em que a questão da soberania do sujeito se coloca de forma mais explícita: os sistemas de IA voltados para a inferência automatizada de características emocionais e psicológicas e a incorporação de padrões obscuros de design herdados da economia comportamental na construção das plataformas. Nos dois casos, analisaremos as implicações para a questão da soberania do sujeito e para o debate sobre regulação da IA a partir da pergunta disparadora: que modalidade de soberania do sujeito poderia ser proposta em plataformas de IA? Discutimos como na tentativa de impor barreiras à manipulação ou à influência insidiosa sobre indivíduos e populações, os marcos regulatórios correm o risco de reivindicar, de um lado, um sujeito plenamente autônomo e livre de influências ou, de outro, um sujeito definitivamente vulnerável que precisa ser protegido. Apontamos como nenhum desses extremos se sustenta quando se trata de compreender como as subjetividades, os processos psicológicos e emocionais são interpelados em plataformas de IA. Concluímos, por fim, que nos ambientes digitais, plataformas e aplicações de IA visados nesse artigo, a soberania do sujeito ou da subjetividade não pode ser assegurada de modo definitivo no plano individual nem no plano jurídico. Ela é, antes, um problema sociotécnico e tecnopolítico coletivo a ser continuamente trabalhado e revisado.https://revista.ibict.br/liinc/article/view/7311soberania do sujeitoregulação de ia inferência de emoçõesdesign comportamental |
spellingShingle | Fernanda Bruno Paulo Faltay Alice Lerner Helena Strecker IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade Liinc em Revista soberania do sujeito regulação de ia inferência de emoções design comportamental |
title | IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade |
title_full | IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade |
title_fullStr | IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade |
title_full_unstemmed | IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade |
title_short | IA emocional e design capcioso: a questão da soberania para a subjetividade |
title_sort | ia emocional e design capcioso a questao da soberania para a subjetividade |
topic | soberania do sujeito regulação de ia inferência de emoções design comportamental |
url | https://revista.ibict.br/liinc/article/view/7311 |
work_keys_str_mv | AT fernandabruno iaemocionaledesigncapciosoaquestaodasoberaniaparaasubjetividade AT paulofaltay iaemocionaledesigncapciosoaquestaodasoberaniaparaasubjetividade AT alicelerner iaemocionaledesigncapciosoaquestaodasoberaniaparaasubjetividade AT helenastrecker iaemocionaledesigncapciosoaquestaodasoberaniaparaasubjetividade |