Selfie e teoria crítica: considerações acerca do trabalho com imagens em psicologia

Contemporaneamente, a imagem tem ganhado destaque na vida dos indivíduos. Tal fato torna-se flagrante no fenômeno selfie. Neste, indivíduos autorretratam-se em diversas situações a fim de compartilhar tais conteúdos em redes sociais virtuais. As imagens tornam-se, portanto, relevantes à compreensão...

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Main Authors: Fernanda Carvalho de Almeida, Maria de Fátima Vieira Severiano
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Ceará 2017-06-01
Series:Revista de Psicologia
Subjects:
Online Access:http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/14285
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Description
Summary:Contemporaneamente, a imagem tem ganhado destaque na vida dos indivíduos. Tal fato torna-se flagrante no fenômeno selfie. Neste, indivíduos autorretratam-se em diversas situações a fim de compartilhar tais conteúdos em redes sociais virtuais. As imagens tornam-se, portanto, relevantes à compreensão do homem contemporâneo, isto é, de uma subjetividade que se constitui na tela – do computador, do smartphone etc. Indagamo-nos: como a pesquisa em Psicologia tem se ocupado da delicada tarefa de ler uma imagem? Neste trabalho, buscamos explorar possibilidades de investigação de imagens na Psicologia, por meio de uma base teórico-metodológica alicerçada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. Optamos por fazer referência aos selfies, pois estes são paradigmáticos da produção imagética atual da web. Abordaremos aspectos teórico-metodológicos da Teoria Crítica no trabalho com selfies, bem como discorreremos acerca dos desafios encontrados na análise de imagens. Apontaremos caminhos possíveis no manejo destes desafios, tendo por base a Teoria Crítica. Como resultado, a apropriação desta pela investigação em Psicologia propicia sentido prático ao trabalho teórico, assim como aprimoramentos da teoria pela prática. Ainda, a Teoria Crítica fomenta um olhar acurado a detalhes reveladores do todo social, permitindo ao pesquisador vagar como o flanêur de Benjamin pela transitoriedade do agora.
ISSN:0102-1222
2179-1740