A telemedicina está preparada para contornar as barreiras de implementação no Brasil?
Problema: No Brasil, há evidências de que alguns grupos desfavorecidos têm menos chances de sobrevivência, e maior probabilidade de morrer prematuramente. As iniquidades na saúde são favorecidas pela má distribuição de profissionais de saúde, especialmente de médicos, no país. A telessaúde tem o po...
Saved in:
Main Authors: | , , , , , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2025-01-01
|
Series: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade |
Subjects: | |
Online Access: | https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4010 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Problema: No Brasil, há evidências de que alguns grupos desfavorecidos têm menos chances de sobrevivência, e maior probabilidade de morrer prematuramente. As iniquidades na saúde são favorecidas pela má distribuição de profissionais de saúde, especialmente de médicos, no país. A telessaúde tem o potencial de apoiar na resolução das problemáticas relacionadas à saúde da população. Este artigo descreve a implementação de um serviço de teleinterconsultas para a Atenção Primária à Saúde (APS), com serviços secundários, através de telemedicina. Além disso, aborda desafios e barreiras à implementação que não são comumente descritos na literatura. Método: Este é um relato de experiência da implementação do TeleNordeste no Rio Grande do Norte. O projeto foi elaborado em colaboração com o Ministério da Saúde do Brasil, através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). Foi desenvolvido com auxílio de profissionais e gestores locais, com base no modelo PASA, vinculando médicos teleconsultores às Equipes de Saúde da Família no território. Resultados: Para a implementação, foram necessárias algumas etapas, como diagnóstico situacional, visitas de aproximação e contratos de colaboração entre os municípios e a Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV). Durante a implementação foram identificadas barreiras e desafios relacionados às tecnologias, humanas e sociais, da rede de saúde, psicossociais e antropológicas, além de governamentais e econômicas. Conclusões: Apesar de todas as barreiras e desafios encontrados no processo de implementação, foi possível verificar que as teleinterconsultas têm muitas vantagens e funcionam, também, como estratégia de educação continuada. O modelo de teleinterconsultas implementado no Rio Grande do Norte tem demonstrado reduzir o tempo de espera e resolvido a maioria dos casos atendidos, reduzindo os encaminhamentos presenciais.
|
---|---|
ISSN: | 1809-5909 2179-7994 |