O moderno e a Vila Amaury:
O presente artigo tem como objetivo expor e compreender o papel do apagamento de determinadas ocupações, tendo como enfoque a Vila Amaury (1959-1960), frente à tentativa de construção de uma imagem da nova capital do país, Brasília. O caso dessa vila em específico chama a atenção devido à maneira p...
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Format: | Article |
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Published: |
University of Brasília
2023-08-01
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Online Access: | https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50324 |
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author | Camila Pescatori Candido da Silva Átila Rezendo Fialho |
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O presente artigo tem como objetivo expor e compreender o papel do apagamento de determinadas ocupações, tendo como enfoque a Vila Amaury (1959-1960), frente à tentativa de construção de uma imagem da nova capital do país, Brasília. O caso dessa vila em específico chama a atenção devido à maneira peculiar que o Estado operou em seu apagamento, localizando-a em terras baixas onde seria represado o Lago Paranoá, de agrando uma temporalidade intencional e prescrita. Se por um lado houve uma permissividade para que a população pobre do Distrito Federal ocupasse uma região próxima do Congresso Nacional, por outro essa permissão cumpria o objetivo, também, de reunir em um só local diversas pequenas favelas espraiadas pelo território. A esse estágio da pesquisa, procuramos analisar esse caso com base em relatos orais presentes nos trabalhos de Ivany Neiva Câmara (2017) e no documentário de Vladimir Carvalho e Eugene Feldman, “Brasília segundo Feldman”, de 1979, além de fontes secundárias a respeito do tema. Em um segundo momento, partiremos das teses críticas com relação às teorias de modernização e como essas podem ter contribuído não somente para a construção de uma representação específica para a nova capital, por meio da influência no campo da Arquitetura, Urbanismo e das Ciências Sociais, bem como para a exclusão e a aversão às soluções socioespaciais das populações pobres urbanas, como favelas, cortiços e, termo bastante cunhado no caso do Distrito Federal, “invasões”.
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publishDate | 2023-08-01 |
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spelling | doaj-art-20af61ae80424487b625dce0f0e31ec32025-01-22T13:27:43ZengUniversity of BrasíliaPós2317-03442023-08-01181O moderno e a Vila Amaury:Camila Pescatori Candido da Silva0https://orcid.org/0000-0002-4361-2598Átila Rezendo Fialho1https://orcid.org/0000-0003-2002-2621Departamento de Projeto, Expressão e Representação e do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG-FAU/UnB)Universidade de Brasília | Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (PPG/ FAU – UnB) O presente artigo tem como objetivo expor e compreender o papel do apagamento de determinadas ocupações, tendo como enfoque a Vila Amaury (1959-1960), frente à tentativa de construção de uma imagem da nova capital do país, Brasília. O caso dessa vila em específico chama a atenção devido à maneira peculiar que o Estado operou em seu apagamento, localizando-a em terras baixas onde seria represado o Lago Paranoá, de agrando uma temporalidade intencional e prescrita. Se por um lado houve uma permissividade para que a população pobre do Distrito Federal ocupasse uma região próxima do Congresso Nacional, por outro essa permissão cumpria o objetivo, também, de reunir em um só local diversas pequenas favelas espraiadas pelo território. A esse estágio da pesquisa, procuramos analisar esse caso com base em relatos orais presentes nos trabalhos de Ivany Neiva Câmara (2017) e no documentário de Vladimir Carvalho e Eugene Feldman, “Brasília segundo Feldman”, de 1979, além de fontes secundárias a respeito do tema. Em um segundo momento, partiremos das teses críticas com relação às teorias de modernização e como essas podem ter contribuído não somente para a construção de uma representação específica para a nova capital, por meio da influência no campo da Arquitetura, Urbanismo e das Ciências Sociais, bem como para a exclusão e a aversão às soluções socioespaciais das populações pobres urbanas, como favelas, cortiços e, termo bastante cunhado no caso do Distrito Federal, “invasões”. https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50324Vila AmauryBrasíliamodernizaçãoNOVACAPsegregação |
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