O regionalismo e as coordenadas do espaço da narrativa fantástica em quatro contos brasileiros do século XIX

Este artigo se propõe a analisar os contos “A dança dos ossos”, de Bernardo Guimarães, “Acauã”, de Inglês de Sousa, “A tapera”, de Coelho Neto, e “Pedro Barqueiro”, de Afonso Arinos, pela ótica do fantástico. Considerando que o espaço representado nessas narrativas se configura a partir de um olhar...

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Main Author: Frederico Santiago da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 2024-12-01
Series:Revista de Estudos Literários da UEMS - REVELL
Subjects:
Online Access:https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/8484
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Summary:Este artigo se propõe a analisar os contos “A dança dos ossos”, de Bernardo Guimarães, “Acauã”, de Inglês de Sousa, “A tapera”, de Coelho Neto, e “Pedro Barqueiro”, de Afonso Arinos, pela ótica do fantástico. Considerando que o espaço representado nessas narrativas se configura a partir de um olhar atrelado essencialmente ao meio urbano, pretende-se demonstrar como essa representação se articula à construção da fantasticidade ao mesmo tempo que estabelece uma dicotomia geográfica e simbólica, deixando implícita a concepção de um centro, ancorado principalmente na então capital brasileira, e uma periferia, constituída pelas demais regiões do país. Para sustentar essa interpretação, destacam-se as estratégias narrativas que demarcam a distância entre uma cultura letrada e racional, associada aos meios urbanos, e uma tradição oral e supersticiosa, associada às regiões afastadas dos grandes centros do Brasil oitocentista.
ISSN:2179-4456