O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO

Este trabalho intenta analisar a relação de Hegel com a ironia romântica através de sua consideração da ironia subjetiva de Schlegel e da ironia "objetiva", divina, de Solger a fim de compreender em que sentido o pensar especulativo supera o espírito de contradição desordenado da ironia r...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Régis de Melo Alves
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2019-12-01
Series:Kínesis
Subjects:
Online Access:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/9632
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
_version_ 1846110945417363456
author Régis de Melo Alves
author_facet Régis de Melo Alves
author_sort Régis de Melo Alves
collection DOAJ
description Este trabalho intenta analisar a relação de Hegel com a ironia romântica através de sua consideração da ironia subjetiva de Schlegel e da ironia "objetiva", divina, de Solger a fim de compreender em que sentido o pensar especulativo supera o espírito de contradição desordenado da ironia romântica que bloqueia o desenvolvimento dialético. Abordaremos primeiro os momentos centrais em que Hegel trata da ironia em sua obra em ordem cronológica, no âmbito ético e estético, nos quais destaca-se a consideração da subjetividade moderna desatrelada dos conteúdos substanciais do espírito, cujo maior representante aos seus olhos é Friedrich Schlegel. Por fim, concentraremo-nos na análise hegeliana do pensamento de Solger apresentada na Resenha dos Escritos Póstumos e Correspondência de Solger, já que sua compreensão da ironia é muito próxima da dialética hegeliana, ocupando, assim, um lugar limítrofe entre romantismo e filosofia especulativa. Solger teria superado a unilateralidade da subjetividade romântica que se contrapunha à efetividade (Wirklichkeit). Porém, apesar de aceder à necessidade da unidade dialética dos opostos na apreensão do absoluto, Solger ainda concede primazia à experiência do divino como algo contraposto às mediações conceituais, deste modo, mantendo-se na perspectiva do entendimento que pressupõe o absoluto como um em-si inapreensível pelo pensamento e que apenas pode se manifestar na forma da experiência imediata.
format Article
id doaj-art-09531cca19314d689e11a038603d2519
institution Kabale University
issn 1984-8900
language Portuguese
publishDate 2019-12-01
publisher Universidade Estadual Paulista (UNESP)
record_format Article
series Kínesis
spelling doaj-art-09531cca19314d689e11a038603d25192024-12-23T13:28:21ZporUniversidade Estadual Paulista (UNESP)Kínesis1984-89002019-12-01113010.36311/1984-8900.2019.v11.n30.08.p109O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMORégis de Melo Alves0Mestrando em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) Este trabalho intenta analisar a relação de Hegel com a ironia romântica através de sua consideração da ironia subjetiva de Schlegel e da ironia "objetiva", divina, de Solger a fim de compreender em que sentido o pensar especulativo supera o espírito de contradição desordenado da ironia romântica que bloqueia o desenvolvimento dialético. Abordaremos primeiro os momentos centrais em que Hegel trata da ironia em sua obra em ordem cronológica, no âmbito ético e estético, nos quais destaca-se a consideração da subjetividade moderna desatrelada dos conteúdos substanciais do espírito, cujo maior representante aos seus olhos é Friedrich Schlegel. Por fim, concentraremo-nos na análise hegeliana do pensamento de Solger apresentada na Resenha dos Escritos Póstumos e Correspondência de Solger, já que sua compreensão da ironia é muito próxima da dialética hegeliana, ocupando, assim, um lugar limítrofe entre romantismo e filosofia especulativa. Solger teria superado a unilateralidade da subjetividade romântica que se contrapunha à efetividade (Wirklichkeit). Porém, apesar de aceder à necessidade da unidade dialética dos opostos na apreensão do absoluto, Solger ainda concede primazia à experiência do divino como algo contraposto às mediações conceituais, deste modo, mantendo-se na perspectiva do entendimento que pressupõe o absoluto como um em-si inapreensível pelo pensamento e que apenas pode se manifestar na forma da experiência imediata. https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/9632DialéticaRomantismoIroniaEstéticaFilosofia da religiãoSolger
spellingShingle Régis de Melo Alves
O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
Kínesis
Dialética
Romantismo
Ironia
Estética
Filosofia da religião
Solger
title O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
title_full O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
title_fullStr O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
title_full_unstemmed O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
title_short O ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO DESORGANIZADO: IRONIA, RELIGIÃO E DIALÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE HEGEL E O ROMANTISMO
title_sort o espirito de contradicao desorganizado ironia religiao e dialetica na relacao entre hegel e o romantismo
topic Dialética
Romantismo
Ironia
Estética
Filosofia da religião
Solger
url https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/9632
work_keys_str_mv AT regisdemeloalves oespiritodecontradicaodesorganizadoironiareligiaoedialeticanarelacaoentrehegeleoromantismo