O DEBATE SOBRE O REPRESENTACIONALISMO NAS CIÊNCIAS COGNI TIVAS
Este artigo investiga o papel que o conceito de representação mental teve no desenvolvimento das ciências cognitivas. Entendemos que estas ciências apresentam três paradigmas centrais que se distinguem, principalmente, pela consideração que fazem sobre a noção de representação mental. O paradigma c...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2016-11-01
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| Series: | Kínesis |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6439 |
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Este artigo investiga o papel que o conceito de representação mental teve no desenvolvimento das ciências cognitivas. Entendemos que estas ciências apresentam três paradigmas centrais que se distinguem, principalmente, pela consideração que fazem sobre a noção de representação mental. O paradigma cognitivista fundamenta-se sobre o entendimento de que a mente opera sobre um conjunto de representações simbólicas armazenadas e manipuladas em processos funcionalmente computacionais. O paradigma conexionista descreve a mente como um sistema de processamento paralelo e distribuído que realiza operações sobre representações subsimbólicas. O paradigma dinâmico da cognição estuda a mente por outras abordagens, inclusive não computacionais, que questionam a necessidade explicativa da noção de representação mental. Um dos modelos mais discutidos na literatura, com relação ao debate entre as visões representacionalistas e as não-representacionalistas, é o Watt’s Governor, um mecanismo de autorregulação para caldeiras à vapor. Por um lado, argumenta-se que o Watt’s Governor é um sistema não-representacional de autocontrole; por outro lado, postula-se que o aparato é um sistema representacional. Haselager et al. (2003) discutem esse embate e concluem que a ubiquidade da representação enfraquece este conceito e expõe a falácia de se considerá-la como condição necessária na explicação de fenômenos mentais. Nesse sentido, discutimos as conclusões desses autores e abordamos a hipótese de que a semiótica pode oferecer contribuições interessantes às ciências cognitivas, em suas considerações sobre os tipos e formas das representações.
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| format | Article |
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| institution | Kabale University |
| issn | 1984-8900 |
| language | Portuguese |
| publishDate | 2016-11-01 |
| publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
| record_format | Article |
| series | Kínesis |
| spelling | doaj-art-02d79e269cd44664b0e86ae10e3c802c2024-12-23T13:19:06ZporUniversidade Estadual Paulista (UNESP)Kínesis1984-89002016-11-0181710.36311/1984-8900.2016.v8.n17.06.p85O DEBATE SOBRE O REPRESENTACIONALISMO NAS CIÊNCIAS COGNI TIVASLuis Felipe Oliveira0Docente do Curso de Música, Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Este artigo investiga o papel que o conceito de representação mental teve no desenvolvimento das ciências cognitivas. Entendemos que estas ciências apresentam três paradigmas centrais que se distinguem, principalmente, pela consideração que fazem sobre a noção de representação mental. O paradigma cognitivista fundamenta-se sobre o entendimento de que a mente opera sobre um conjunto de representações simbólicas armazenadas e manipuladas em processos funcionalmente computacionais. O paradigma conexionista descreve a mente como um sistema de processamento paralelo e distribuído que realiza operações sobre representações subsimbólicas. O paradigma dinâmico da cognição estuda a mente por outras abordagens, inclusive não computacionais, que questionam a necessidade explicativa da noção de representação mental. Um dos modelos mais discutidos na literatura, com relação ao debate entre as visões representacionalistas e as não-representacionalistas, é o Watt’s Governor, um mecanismo de autorregulação para caldeiras à vapor. Por um lado, argumenta-se que o Watt’s Governor é um sistema não-representacional de autocontrole; por outro lado, postula-se que o aparato é um sistema representacional. Haselager et al. (2003) discutem esse embate e concluem que a ubiquidade da representação enfraquece este conceito e expõe a falácia de se considerá-la como condição necessária na explicação de fenômenos mentais. Nesse sentido, discutimos as conclusões desses autores e abordamos a hipótese de que a semiótica pode oferecer contribuições interessantes às ciências cognitivas, em suas considerações sobre os tipos e formas das representações. https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6439Ciências cognitivasRepresentação mentalCognitivismoConexionismoDinamicismo |
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